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Relações Humanas e Eucaliptos

Precisamos uns dos outros. Num primeiro momento, para sobreviver e, mais tarde para viver bem. Também precisamos da diferença, de um outro que nos mostre a diversidade. Lembro-me de algo que li a este respeito “a anulação da diferença conduz à falta de diversidade, o que se assemelha à imagem de uma plantação de eucaliptos, aparentemente harmoniosa, seca o terreno à sua volta e impede a sobrevivência de outras árvores”. Talvez por isso se fale dos eucaliptos como árvores que sugam a água das outras plantas e árvores circundantes, o que faz que à sua volta não exista essa tal diversidade.

Mas porquê que precisamos desta diversidade? Entrando novamente na lógica dos “eucaliptos”, é importante para cada um de nós conhecer e relacionar-se com o diferente para poder ser saudável e não se sentir “sugado”. Um exemplo deste fenómeno acontece nas famílias denominadas como multiproblemáticas. Neste caso assiste-se de formas variadas à apresentação de um “sintoma”, ou mal estar, que é transportado de geração em geração, como se este ciclo (vicioso) se tornasse numa forma de estar – a que é conhecida. É determinante pensarmos na fertilização do terreno, ou melhor dizendo, na construção de relações humanas desbloqueadoras deste ciclo. Sabemos que uma sociedade com vínculos pobres e frágeis é um terreno fértil para a doença. Por outro lado, aceitar a diversidade e promover o desenvolvimento da vida mental é complementar às relações, e, paralelamente terreno fértil para o desenvolvimento da saúde mental. Esta é também a função do psicoterapeuta – proporcionar um terreno fértil para o bom desenvolvimento do sujeito.

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