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Relação Terapêutica

A relação ou aliança terapêutica é um elemento fundamental em qualquer processo terapêutico. A sua definição conceptual pode diferir, tendo em conta as diferentes abordagens teóricas, contudo é transversal a importância dada ao elo afetivo e de colaboração entre o terapeuta e paciente. O conceito remete-nos para Freud (1895), quando este se referiu “à transformação do paciente num colaborador”. Esta ideia transmite o conteúdo diádico da relação, transformando paciente e terapeuta num par (ativo) e, capacitando cada vez mais o paciente para gerar a sua própria mudança.

Fundamentalmente, para que a mudança e a transformação possam ocorrer, é necessário que primeiro aconteça a relação. A comunicação que se estabelece neste par pode assumir diferentes níveis e ser expressa de diferentes formas. Assim, “a psicoterapia é uma viagem de descobertas. O paciente tenta colocar as suas descobertas em palavras e comunica-as ao seu companheiro de viagem, o terapeuta” (Bateman, A., Brown, D & Pedder, J.). Considerando a idade do paciente, esta viagem pode ser mais corporal/lúdica ou falada.

A Psicoterapia infantil, ou Ludoterapia, é um método terapêutico dirigido a crianças, que utiliza o brincar como intervenção. Este método permite estabelecer uma relação empática com a criança, de forma a que esta se sinta confiante e possa expressar os seus sentimentos e emoções de uma forma simbólica (através do brincar e do jogo). Nas palavras de Winnicott “as crianças brincam por prazer, para exprimir a agressividade, para controlar a angústia, para enriquecer as suas experiências, para desenvolver contatos sociais, para comunicar com pessoas escolhidas do seu meio ambiente, e utilizam a brincadeira como meio de integração da sua personalidade.” É neste sentido que a  brincadeira é para a maioria das crianças a principal via de comunicação.

A Psicoterapia de abordagem psicodinâmica dirigida a jovens e adultos, é um método de intervenção que pode focar-se a um nível superficial ou mais profundo. Considerando os objetivos terapêuticos estabelecidos no início do processo, a intervenção irá acontecer segundo uma linha mais dirigida ao apoio ou mais reflexiva. Ainda assim, independentemente do caminho a seguir, este método de intervenção tem uma carácter dinâmico, e do ponto de vista técnico o trabalho a desenvolver assenta numa lógica da elucidação dos conflitos inconscientes,  e na devolução ao sujeito de uma adequada avaliação da realidade externa oferecendo-se o terapeuta na sua capacidade de pensar como modelo de identificação mas, de forma a estimular a capacidade reflexiva do paciente envolvendo-o ativamente na .

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